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E é assim...

Entre tantas idas e vindas, eu fiquei. Eu fiquei por ela. Ela que se parece com a sereia que encontrei num sonho de criança, alçada ao mar, toda linda. Perto dali, estava eu, era como se fosse um momento que nunca existira, mas eu já o vi. Era meu, era dela, e agora, é nosso. Eu vi nesse tempo que o amor é assim, traz depressa aquilo que você demora tanto à conquistar, ele é assim, prescinde de tempo, ele é...ah o mar.  Reduto dos amantes imperfeitos que fazem inveja aos que ao seu redor estão remando contra a maré de amor instalada naquele grande banho de água salgada que nos adoça com fulgor. E quem disse que o mar não pode ser doce? Assim ele o é. Ouço um canto, é ela, a minha sereia. Vejo num canto, é ela, a minha sereia. Canta pra mim. Parece que estava querendo se esconder de mim. De tudo há nesse amor, um sorriso gostoso, um temor sem dor, uma vontade de estar por ali pertinho, um cheiro fresco de desejo, uma chama que arde no mar inquieto de amor que assola o nosso sentimento mais intenso. Existe mesmo um amor capaz de entender outro? Acho que amantes como somos, vivemos intensamente até mesmo a fictícia ausência do amor, nós vivenciamos na sua rebeldia o brilho mais intenso de um infinito desejo de simplesmente estar. E é assim...

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Quanto pesa?

Brutos vieram aqui e não quiseram paz, Muito tiveram aqui e só quiseram mais, Lutos me levam ali a andar pelo cais, Sente o peso do ar... Mesmo sendo sujo e obeso é o que me faz continuar, Neste mundo velho e confuso que a qualquer hora pode acabar, Deixando o nada como tudo, como todos, menos Deus, A fonte de esperança , rezo por todos não só pelos meus, Começa pelas crianças, Junta tudo o que é seu, até o que menospreza, Bota tudo na balança neguinho... E me responde o quanto pesa? Quanto pesa? O barulho e o lixo da cidade? Quanto pesa? O orgulho e o bicho da vaidade? Quanto pesa? O oficio o vicio a idade? Quanto pesa? O amor o rancor a saudade? Todos os sentidos de dentro pra fora, tem o seu motivo. Não depois, AGORA! Se for riso, ria. Se for choro, chora. Só um mandamento, o espírito vigora! O que vem de fora, não aflora em mim, A vida ta aqui dentro até depois do fim. Os dias passados me forjaram assim, cada dia bom vale mil ruins. O apagar da luz, O polegar no gesto amigável cond...