Pular para o conteúdo principal

Naquela Mesa...

“Se fosse por mim eu ficava...mas vê como tudo lá fora mudou...” tudo lá me transformou, tenho vontades de ficar, mas toma conta de mim algo que eu não dou conta. Sinto-me parte do mundo, “aqui ainda parece o melhor lugar”, mas, quem disse que é no melhor ou pior que quero estar?!?! "Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso" Enfim, sinto-me como parte de um todo que ainda desconheço, e ainda mesmo tendo que aventurar, eu estou optando pelo desconhecido, muitos dizem o que pode ser certo ou errado, e eu? Só vou vivendo. Capricho? Não mesmo, eu penso dias e noites, penso muito, mas minhas atitudes caminham em direção de algo que, ainda, não pode ser comprovado. Suerte??!! Não estou atrás de comprovações, já não caminho em busca de méritos, reconhecimento social (“status quo de babaca”), já não caminho “atrás”, penso eu, e não acho eu, que agora caminho, em frente, espiritualizado, monto um repertório e parto. Eu não posso ter dúvidas?? Sim, claro!! Mas, esforço-me como um soldado romano para poder ter forças pra lutar contra elas, hoje, elas não consomem e nem corroem-me com ardor, elas ajudam-me a poder domar o nômade que habita dentro do meu ínfimo.

Sem buscas, eu caminho num baque só e descobri que em qualquer lugar as pessoas são iguais à nós mesmo(!s). Às vezes só o idioma ou algumas formas de comunicação se alteram, mas existe em cada pessoa, um indescritível e admirável ser, que não pode ser descrito em vãs palavras como as do presente subscritor. Nas minhas visitas por aí, não tinha nem uma gota sequer de oceano azul, isso me deixou com saudades e foi no primeiro regresso às terras das marés-amores, que encontrei a sereia, me encanta. Namorando a lua que me convida todos os dias pra um momento de reflexão, dou meu coração, eu me dou. Dôo. Então??? À convido para um dança, sinto num único momento que era isso mesmo, se fosse por mim passaria a vida por ali. "E pela lei natural dos encontros". Mas, “tudo lá fora mudou”, hoje penso que “ela que me dá asas pra voar”. Eu quero! Eu posso! Pedro!?!? Eu assumo. Eu sumo. Estou disposto(a)! Sempre!

É sempre num tom e ritmos, idas e vindas, de voltas constantes, a gente se encontra...simbora à vivir nos Andes? Bom, uma hora temos que assumir ou sumir sei lah hahhaha. Eu não sou a consciência, creio que sou a falta dela hehehe É a falta dela que me move. Que in-define! Que in-difere! Que deferi! Coincidências?!?! O mundo nunca irá triturar meus sonhos. Os nossos sonhos! Tenho aval da minha consciência, pra poder faltar com ela um pouquinho. Hoje, sinto falta da minha mesa, naquela mesa de vidro da sala de mamãe, a mesma onde estou agora, onde todas madrugadas reunira com minhas idéias e pensamentos pra poder falar para as palavras o que sinto, o que eu quero, posso ou devo fazer.

What can make feel this way? Sintonia…

“Se fosse por mim? Todo mundo andava sambando!”

Verão de 2011, manhã tranquila em Curitiba!!!
Ao som de Mistério do Planeta (Os Novos Baianos)

Comentários

  1. Oi meu querido!!
    Sempre bom e inspirador ler as suas palavras!!
    Como estão as coisas?? Sempre sinto saudades daqueles papos profundos de Angola e, como não poderia deixar de ser, lembro-me de ti!!
    Saudades, amigo! Espero que esteja em paz!!
    Manda notícias!! Beijo grande!

    ResponderExcluir
  2. Oi Fer, obrigado pelas palavras, fico feliz que esteja acompanhando...Saudades de ti tbm!
    Envio notícias via e-mail...
    besos
    Pedro

    ResponderExcluir
  3. OOOOO Pedro, q lindo texto...estou me sentindo assim ultimamente, antes da partida...rs
    Eliete

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Quanto pesa?

Brutos vieram aqui e não quiseram paz, Muito tiveram aqui e só quiseram mais, Lutos me levam ali a andar pelo cais, Sente o peso do ar... Mesmo sendo sujo e obeso é o que me faz continuar, Neste mundo velho e confuso que a qualquer hora pode acabar, Deixando o nada como tudo, como todos, menos Deus, A fonte de esperança , rezo por todos não só pelos meus, Começa pelas crianças, Junta tudo o que é seu, até o que menospreza, Bota tudo na balança neguinho... E me responde o quanto pesa? Quanto pesa? O barulho e o lixo da cidade? Quanto pesa? O orgulho e o bicho da vaidade? Quanto pesa? O oficio o vicio a idade? Quanto pesa? O amor o rancor a saudade? Todos os sentidos de dentro pra fora, tem o seu motivo. Não depois, AGORA! Se for riso, ria. Se for choro, chora. Só um mandamento, o espírito vigora! O que vem de fora, não aflora em mim, A vida ta aqui dentro até depois do fim. Os dias passados me forjaram assim, cada dia bom vale mil ruins. O apagar da luz, O polegar no gesto amigável cond...